Olympio de Azevedo
Meu mundo de trilhas e estradas largas
Paisagem sonhada no verde nu do azul
Chão de barro seco, por vezes molhado
Do movimento do vento vem harmonia
O sol queimadeiro na quentura do vale
Vale a luminosidade e os cálcios da vida
Rios que banham a terra matam a sede
Alimenta esperança, constrói os sonhos
A lida diária faz esquecer o áspero amor
Perdido nas entranhas do asfalto negro
O corpo cansado de uma alma aquecida
No silencio da história inerte das pedras
Amor não cabe na distancia que se perde
Lembrança mede a doce saudade partida
Sou vidro, espelho adormecido sem olhar
29.03.11