Samba chula, samba corrido, samba duro, samba do vento é algumas das variantes do samba -de -roda. O Recôncavo Baiano agasalha esse ritmo há 300 anos com a vinda dos escravos para os canaviais. Forma inteligente encontrada para a manifestação dos cultos afros, criando um mix com a religião católica; após uma ladainha um sambá! E o abatacotô percussivo comia no couro, e em forma de roda acompanhada por bate palmas, vinham às manifestações.
A origem instrumental árabe é forte com violas e pandeiros. Ásia, África e Europa miscigenam e deixa uma herança cultural intensa na nossa música de raiz. A mulata que dança o samba- de -roda com os pés colado no terreiro mostra sua malemolência coberta por badulaques de contas dos orixás. Uma dança de ventre e ancas cuja sensualidade enobrece os nativos afro brasileiros. A beleza física com traços europeus e suas habilidades na arte da cozinha e dança transcende.
João Gilberto, Caymi, Caetano, Gil, Roberto Mendes, Riachão, Mariene Castro, Chocolate da Bahia, Roque Ferreira e Clésia Queiroz, entre autores e interpretes, conseguiram manter essa raiz viva sustentada pelos mestres de roda –de- samba e capoeira. É um Brasil intenso e latente na maior expressão musical das cidades Cachoeira de São Félix e Santo Amaro da Purificação, separadas apenas pelo Rio Paraguaçu, mas de almas gêmeas correndo em direção ao canto do mar. A cultura oral preservou e você manterá essa raiz da Bahia viva de amores!
Menina me dá teu nome
Q´eu também te dou o meu
Eu me chamo fita fina
Daquele vestido teu…
Olympio de Azevedo
Bahia de Todos os Sambas, 01.03.2011.
eh abatacoto bom Carlo…na mais pura da inocencia do samba…
bju