Olympio de Azevedo
Quantas vezes perguntamos a nós das lembranças imortais que nos acompanha na vida… Por mais singelas que sejam têm uma importância impar, pois marcam uma trajetória cujos detalhes cabem apenas ao mais intimo dos segredos guardados no peito, acalentado com nossos sonhos de olhos abertos.
A vida promete nuances que jamais programamos como sendo a última batalha do amor. O amor se renova com mil faces das máscaras gregas no teatro a céu aberto, para uma platéia de desconhecidos, que amam a arte pela simples arte de amar. O ciclo é longo com início, meio e fim, porém o amor é infinito em todas as suas formas.
O estado de amar é embriagante, suave como a brisa, que cruza nossos corpos e ao sentir deixa o rastro na memória e faz-nos galgar as escadas do prazer. Itinerante no tapete dos desejos cobre nossas almas encantadas. Não há limites no infinito amar que seja par e dividido na forma simples das paixões loucas que acompanham nossas vontades.
Afagar mãos é um ato de amor completo, cobrir com o olhar memoriza detalhes, o respirar ofegante libera os sais do amor, o gosto que passa por baixo das nossas línguas é o ápice do prazer contido na explosão seminal. Os cheiros do corpo fibrilam no ar cobertos de ânsias e nos faz forte e divino na essência do existir. Ouvimos os anjos que tocam trombetas…
19.06.2011